Em sessão ordinária que ocorreu na Câmara Municipal na tarde desta segunda-feira (19), o vereador Átila do Congo (Podemos) criticou o prefeito Bruno Reis por não cumprir com os acordos firmados, e por não ter apoio da base aliada do chefe do executivo municipal aos projetos de sua autoria encaminhados às Comissões da Casa.
Congo disse se sentir preterido, e alegou que Reis está "correndo" do dilálogo com ele. "Eu que estou aqui, ajudo o prefeito, voto com o prefeito, cumpro com as minha obrigações na Comissão de Orçamento desta Casa, estou vendo o prefeito correr de mim. Eu não sei quem é o gato, quem é o rato", reclamou.
O vereador alegou ter apresentado projetos de sua autoria à Comissão de Consituição e Justiça, como a verificação de identidade dos usuários para proporcionar segurança aos motoristas particulares, e um aplicativo municipal, este último, combinado com o prefeito Bruno Reis, mas ainda sem tramitação nas Comissões. "Parece que tem forças ocultas que ficam travando nossos projetos de lei", comentou o vereador.
Nesta segunda, o vereador discursou no Plenário Cosme de Farias pelo bloco dos vereadores independentes, e disse já ter solicitado ao vereador Alexandre Aleluia (PL) a sua inserção no bloco. O representante dos trabalhadores de transporte particular por aplicativo também fez acenos aos vereadores Augusto Vasconcelos (PCdoB), Laina das Pretas por Salvador (PSOL), e Marta Rodrigues (PT).
Apesar de se considerar como base do governo, Congo subiu o tom ao falar dos acordos firmados com o prefeito e não encaminhados pelos seus pares na Casa Legislativa.
"Eu tenho palavra, prefeito. Se eu for romper com o senhor, ou se um dia tiver de isso acontecer, eu chego à vossa excelência e digo antes. Porque eu não sou rato que senta na mesa com aliado pra fazer acordo e depos bota quem quiser e não cumpre acordo, não. Esse não sou eu. Eu tenho princípios. Eu nasci foi numa casinha de barro, mas eu tive pai e mãe, educação, hombridade e princípio. Eu não nasci num palácio, não me comporto como rato arrogante que não respeita os aliados, não. Porque essa fórmula é a fórmula de derrotado. A fórmula do homem de vitória é a palavra, a gratidão e a lealdade", finalizou o vereador.