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Denúncia contra diretora do Flamengo por xenofobia a nordestinos é aceita pela Justiça

Caso gira em torno de fala de ngela Machado nas eleições 2022

Reprodução/Redes Sociais
Reprodução/Redes Sociais

A Justiça Federal do Rio de Janeiro aceitou a denúncia contra a diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, Ângela Rollemberg Santana Landim Machado, por xenofobia. A ação foi impetrada pelo Ministério Público Federal (MPF), após uma publicação preconceituosa contra os nordestinos após o resultado das eleições presidenciais de 2022.

A denúncia foi aceita pelo juiz Marcelo Luzio Marques Araújo, da 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Assim, Ângela se torna ré pelo crime de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, através do uso das redes sociais (Lei 7.716/89)

A ação gira em torno da frase “Ganhamos onde se produz, perdemos onde se passa férias, bora trabalhar, pq se o gado morrer o carrapato passa fome”, que Ângela publicou em seu Instagram.

CONFIRA:

O MPF afirma que a publicação teve o propósito de disseminar a ideia de que o povo nordestino não trabalharia e de que viveria às custas da riqueza, do esforço e da competência de cidadãos que habitam outras regiões do país.

“A mensagem, de caráter racista e xenofóbico, foi motivada pela massiva votação que o candidato vencedor do pleito eleitoral obteve na região nordeste”, informa nota divulgada pelo MPF. 

Vale lembrar que o MPF havia entrado com uma ação civil pública contra Ângela, pedindo o pagamento de R$100 mil por danos morais coletivos. No entanto, no mês de maio, o juízo da vara extinguiu a ação, sem julgar seu mérito, por considerar que não houve danos morais coletivos.