Uma vereadora foi alvo de ataques racistas e machistas após a votação e aprovação de um Projeto de Lei (142/2023), na Câmara Municipal de Salvador (CMS) que definia o reajuste de 8% dos vencimentos para os servidores ativos, inativos e pensionistas do Magistério Público da capital baiana.
O caso aconteceu na última segunda-feira (12) quando a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), após a votação e aprovação do texto, por unanimidade. Na ocasião, ela teria sido cercada por homens e mulheres que queriam o reajuste de 20% nos vencimentos, e acabou sendo agredida com palavras racistas como "negra suja", dentre outras intimidações.
Na terça (13), a edil usou a tribuna da CMS para relatar o fato ocorrido e disse que vai tomar as medidas cabíveis para que os agressores sejam identificados e punidos. Também em pronunciamento na tarde de ontem, alguns vereadores se manifestram acerca dos ataques, entre eles Teo Senna (PSDB). O tucano, além de se solidarizar com Ireuda, demonstrou preocupação com fato o qual, segundo ele, não é a primeira vez que acontece.
"Infelizmente, após a votação do aumento de 8% para os professores, na descida da Câmara, um grupo de ditos professores, pois não sei se professores agem dessa forma, tentaram a agredir chamando-a de negra racista e palavras de toda ordem. Conheço a atuação da colega Ireuda e é justamente nessa pauta que ela luta, contra o racismo e a violência de gênero, sendo agredida por ter votado favoravelmente a um projeto que foi acordado entre a situação e a oposição”, afirmou.
"Em toda votação complexa, difícil, que a gente tem que votar na Casa, há sempre um grupo procurando nos agredir, como já aconteceu com o vereador Aleluia, com Sabá e também comigo. E a gente fica muito preocupado com essa situação, o que pode vir a acontecer contra nós vereadores aqui na Câmara Municipal", completou.