O médico Carlos Vinícius Costa Lino não escondeu a indignação ao saber que um colega de trabalho foi alvo de homofobia. O caso aconteceu neste domingo (4), no Hospital da Mulher de Feira de Santana, a 110 quilômetros de Salvador.
Carlos usou uma peruca e passou batom na boca em forma de protesto contra uma paciente, que reclamou ter sido atendida anteriormente por um médico homossexual, o ginecologista Phelipe Balbi Martins.
“O colega foi desacatado por uma paciente que disse que não gosta de ser atendida por homossexual. Ele ouviu e pediu que ela se retratasse, pacificamente. Ela repetiu e esse colega teve que se ausentar do plantão. Saiu para fazer uma denúncia de homofobia na delegacia, e restou a mim, amigo e colega dele, acolher essa paciente”, disse Carlos nas redes.
O médico também contou que após conversa, a mulher teria se arrependido, mas, mesmo assim, o caso foi registrado na polícia na manhã desta segunda-feira (5).
Em vídeo no Instaram, Carlos destacou que é a denunciada também precisa de acolhimento.
"Pode parecer uma coisa muito simples, mas quando uma pessoa tem um comportamento desses, imprime a outras pessoas que ela pode exercer assim. O pior de tudo é qual limite do outro. Tem gente que mata. A média de vida do trans no Brasil é de 35 anos, metade da população de um modo geral. E a gente tem que combater esses atos com amor, com respeito e acolhimento, porque talvez tenha sido uma pessoa que não tenha sido acolhida em sua infância, que tenha suas dúvidas seus medos (…). A gente tem que educar essas pessoas, educar o mundo pra que a gente viva num mundo melhor", pontuou.