Em seu terceiro mandato, o deputado federal Elmar Nascimento (União-BA) vem buscando alçar voos mais altos na Câmara e, para isso, tem se aproximado cada vez mais do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). O objetivo é justamente ser o sucessor do alagoano no cargo. De acordo com a Veja, essa proximidade foi decisiva para a primeira rusga entre o presidente da Câmara e o governo Lula (PT).
Ainda durante a transição, Lula convidou Nascimento para assumir o disputado Ministério da Integração. Dias depois, sem nenhuma explicação, segundo a revista Veja, a pasta prometida a Elmar Nascimento acabou entregue ao ex-governador do Amapá, Waldez Goés.
Na última semana, no entanto, a crise entre Lira e o governo Lula atingiu seu ápice, com o presidente da Câmara prometendo, segundo disse a aliados, “machucar” ainda mais nos próximos dias.
Sabendo do recado, o governo avalia promover uma reforma ministerial. Na última quarta-feira (31), Lula chamou Elmar Nascimento para uma conversa e propôs que ele, líder do União Brasil na Casa, coordenasse a redistribuição de ministérios do partido. O União ocupa três cadeiras na Esplanada, mas, desde o início do ano, Elmar reclama que nenhuma das pastas foi indicada por ele ou por deputados.
Mas, o entorno de Elmar Nascimento defende que ele próprio assuma um ministério. O nome é lembrado, por exemplo, para a articulação política, visto que o atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é alvo de duras críticas no Parlamento. O baiano, no entanto, nega a intenção de assumir a pasta.
