A Justiça do Rio de Janeiro condenou uma mulher a pagar R$ 38,6 mil ao cantor Caetano Veloso por danos morais. A farmacologista Maria Carla Petrellis chamou o músico de “macaco pedófilo” nas redes sociais em 2017.
O processo por calúnia e difamação foi movido em 2020, a condenação é de setembro de 2022, mas, esta semana, o juiz deu nova determinação para que Petrellis faça o pagamento, já atualizado com juros.
“Intime-se a parte devedora para que pague o débito apontado na petição do indexador no valor de R$38.641,20 no prazo de 15 dias, sob pena de aplicação de multa de 10% sobre o valor do débito”, determinou o juiz Luiz Antonio Valiera do Nascimento, da 39ª Vara Cível do Rio de Janeiro.
Assim, não cabe mais recurso para o caso e, em caso de não cumprimento do pagamento, a Justiça poderá penhorar os bens da té.
Tudo começou quando, em outubro de 2017, quando o grupo MBL, o Movimento Brasil Livre, postou que Caetano teria cometido pedofilia ao manter relação com Paula Lavigne — ambos iniciaram relação quando ela tinha 13 anos e ele, 40. Após a divulgação, o blogueiro Flavio Mongenstem criou a hashtag #CaetanoPedofilo, e foi condenado a indenizar o compositor em R$ 120 mil.
E foi em um post da revista Fórum sobre a atitude de Flavio Mongenstem que Maria Carla teria feito o comentário pelo qual está pagando atualmente.
A farmacologista também é processada pelo youtuber Felipe Neto na 6ª Vara Cível da Barra da Tijuca. Em 2019, Petrellis chamou NEto de "macaco", "pedófilo" e "criminoso" em seu Twitter.
Nesse processo, o youtuber pede indenização de R$ 50 mil, e o caso ainda tramita na Justiça.