Política

Máfia das apostas: Nino Paraíba deve ser ouvido por CPI; jogador fez 'delação premiada' 

Nino teria cometido as fraudes quando jogava pelo Ceará, em 2022. Ele tem passagens por Bahia e Vitória

Felipe Santos/Ceará SC
Felipe Santos/Ceará SC

Citado nas investigações do Ministério Público de Goiás (MP-GO) sobre a máfia entre apostadores e jogadores, o lateral-direito Nino Paraíba deve ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura o caso na Câmara dos Deputados. 

O requerimento foi apresentado à comissão pelo deputado federal Ricardo Silva (PSD/SP). O parlamentar apresentou como justificativa a "possível participação do jogador no referido esquema". 

"A análise de registros telefônicos e mensagens eletrônicas obtidas durante a investigação revelou a existência de comunicações entre Nino Paraíba e Dadá Belmonte com indivíduos suspeitos de estarem envolvidos no esquema de apostas no futebol. Essa relação estabelecida suscita suspeita sobre a possível participação do jogador nas atividades ilícitas em questão. Portanto, é necessário que a Comissão Parlamentar de Inquérito tenha a possibilidade de ouvir seus depoimentos para o esclarecimento dos fatos relacionados ao esquema de apostas no futebol", completa. 

De acordo com a Veja, Nino fez um acordo com o MP-GO. Ele teria confessado a participação em outros jogos. Pelas revelações, Nino não deve ser processado e terá que pagar uma multa de R$ 160 mil dividia em 20 parcelas de R$ 8 mil. Pela suposta participação no esquema, a Veja afirma que o atleta faturou R$ 180 mil.

Nino teria cometido as fraudes quando jogava pelo Ceará, em 2022. Ele tem passagens por Bahia e Vitória. 

Outros chamados – A CPI recebeu também nessa semana o requerimento de convocação de diversos atletas, presidentes de clube até mesmo do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues. O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, que não foi citado nas investigações do MP-GO, também pode ter sua presença solicitada.