Política

Começa hoje processo de impeachment no Senado

Para a votação acontecer, precisam estar presentes na sessão pelo menos 41 dos 81 senadores

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A comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado Federal será instalada hoje (25), em mais uma semana de tensão no Planalto. O colegiado, formado por 21 titulares e 21 suplentes, decidirá também quem ocupará a presidência e a relatoria do colegiado. 

Para os dois cargos foram indicados os senadores Raimundo Lira (PMDB-PB) e Antonio Anastasia (PSDB-MG), respectivamente. A bancada do PT não aceita o tucano na relatoria. Os parlamentares do partido exigem um nome mais “isento” e afirmam que podem levar a decisão para a Justiça. A primeira reunião da comissão deve acontecer amanhã. 

Movimentos favoráveis e contrários ao impeachment prometem voltar às ruas em novas manifestações. Nesse domingo (24), Dilma se reuniu com o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, para discutir sua defesa no Senado.

Após a eleição da mesa que conduzirá os trabalhos da comissão, o relator terá 10 dias úteis para apresentar um parecer pela admissibilidade ou não do processo de impedimento, que passa por votação no colegiado. Independentemente do resultado na comissão, o pedido é levado ao plenário. A expectativa é de que entre 11 e 15 de maio os senadores façam a votação sobre o caso, para decidir se abrem o processo e afastam Dilma da Presidência da República por 180 dias.

Para a votação acontecer, precisam estar presentes na sessão pelo menos 41 dos 81 senadores. Caso a maioria simples (metade mais um) dos parlamentares presentes votem a favor do impeachment, Dilma é afastada por seis meses e o vice-presidente Michel Temer assume. Caso o parecer seja rejeitado, o processo é arquivado e a presidente permanece no cargo.

Antes mesmo do início dos trabalhos na comissão, 70% dos senadores que foram indicados já se declararam favoráveis ao impedimento da presidente. Ao todo, 27 se disseram favoráveis, 10 se disseram contrários, três não quiseram responder e um se disse indeciso. Entre os que declararam voto contra Dilma estão dois vice-líderes do governo no Senado, Wellington Fagundes (PR-MT) e Hélio José (PMDB-DF), que fizeram discursos críticos ao Palácio do Planalto na sexta-feira passada.

(Foto: Reprodução)