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Flavinho da Pagodart critica pornografia nas letras do 'pagodão' e abre o jogo sobre cantores da nova geração

Para Flavinho, os cantores da nova geração precisam enxergar além do 'gueto'

Vagner Souza /Salvador FM
Vagner Souza /Salvador FM

Dono da música 'Uisminofay', um dos hits mais cantados do pagode baiano nos anos 2000, Flavinho, vocalista da banda Pagodart, criticou a pornografia explícita nas composições das músicas do gênero nos dias de hoje. Em entrevista ao Portal Salvador FM, o artista aconselhou cantores da nova geração do 'pagodão baiano' e disse que, ao incluir canções de bandas da atualidade em seu repertório, precisa trocar parte da letra devido ao excesso de conteúdo sexual. 

"Na minha geração, a gente escutava É o Tchan, Terra da Samba, depois veio o Harmonia, Nossa Juventude. Eu particularmente agradeço muito a Deus por ter vindo nessa geração. Na geração de hoje os pais não estão nem conseguindo retirar a criança de uma dança, de uma música pornográfica. Tem várias músicas estouradas que a gente toca no nosso repertório, mas precisamos mudar parte da letra", afirmou o vocalista.

Para Flavinho, os cantores da nova geração precisam enxergar além do 'gueto', tendo em vista que o mercado musical, principalmente fora da Bahia, não acolhe canções de cunho sexual explícito. 

"Eu entendo também que no gueto um menino vai querer cantar um tipo de música que ele possa expandir para o Brasil e para o mundo, mas o gueto dele não absorve aquela música, a não ser que ele cante aquela pornografia. Entendo que os meninos [novos cantores] vai aprender aquilo ali e chegar um pouco à frente, vai ver que vai precisar mudar o projeto dele. O gueto às vezes quer escutar falar sobre maconha, drogas, abre a perna que eu já tô botando", opinou o cantor.