Apesar de parecer do senador Benedito Lira (PP) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), confirmando decisões de uma sessão da CPI do Futebol (que convocou Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero), os depoimentos de ambos os cartolas dificilmente ocorrerão. E isso deve-se ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseffem pauta no Senado.
O voto de Lira precisa ser aprovado na CCJ e encaminhado ao Plenário, que também precisa aprová-lo. O alvoroço causado pelo impeachment deve adiar a votação até depois do fim previsto da CPI, em junho. A situação incomoda alguns senadores, tais como o presidente da CPI: o senador Romário (PSB-RJ).
A decisão de contestar a sessão em que se aprovou a convocação dos cartolas partiu do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e direcionada ao presidente da Casa, Renan Calheiros. Calheiros, então, determinou aos integrantes da CPI que reeditassem a reunião e reproduzissem as votações contestadas por Nogueira. Ato contínuo, a decisão de Renan foi contestada pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e direcionada à CCJ. Lira, então, achou por bem validar as decisões tomadas na reunião da CPI, sustentando que foram regulares.
Lira e Ciro Nogueira pertencem ao mesmo partido, o PP. Aliás, Nogueira é o presidente da legenda. Os dois não andam lá muito alinhados ultimamente.
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