Os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES) serão os indicados como representantes do bloco de oposição Vanguarda, composto por PL e Novo, na CPMI dos ataques de 8 de janeiro às sedes dos Poderes em Brasília. É o que diz o senador Wellington Fagundes (PL-MT), líder do grupo.
Os suplentes serão Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e Jorge Seif (PL-SC).
“Todos eles são muito experientes e com certeza estarão frente à CPMI, pois é necessário esclarecer à população brasileira sobre o que ocorreu naquele dia. Eles vão buscar fazer com que quem errou, que pague, mas, acima de tudo, quem teve a responsabilidade em permitir que os prédios públicos fossem depredados”, afirma Fagundes.
Para o líder do bloco, a CPMI tem que apontar ações e omissões que motivaram os atos.
“Tudo isso precisa ser esclarecido, é o que esperamos e a população brasileira tem cobrado muito isso. Por parte do nosso bloco já estão definidos os nomes e vamos agora cobrar a investigação o mais rápido possível”, afirma.
As indicações agora precisam ser referendadas pela Mesa Diretora do Senado.
De acordo com a Folha, Fagundes se diz preocupado com a situação de Anderson Torres, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal em 8 de janeiro que está preso há mais de cem dias.
“Uma prisão preventiva durar tanto tempo é algo que realmente nos deixa extremamente preocupados porque abre precedentes para que o Judiciário possa exceder na sua ação. Estamos pressionando para que o ex-ministro e todos aqueles que estão presos tenham a sua liberdade até a conclusão da investigação, do julgamento. A CPMI terá um papel preponderante nessas investigações”, conclui.
No Senado, o governo indicará seis nomes para a CPMI. PP e Republicanos, mais próximos da oposição, têm duas vagas. O bloco Democracia, composto por MDB, PDT, PSDB, Podemos, Rede e União Brasil, tem seis indicações.