A jornalista Elane Hazin classificou, em suas redes sociais, como racismo, o episódio sofrido no voo 1575 da GOL. O caso aconteceu na madrugada deste sábado (29), quando após atraso no embarquem, uma mulher, Samantha, não conseguiu espaço para colocar sua mochila. Sem querer despachar a mochila com seu computador, Samantha chegou a ser acusada por parte da tripulação de ser “a razão do atraso”.
Os próprios passageiros conseguiram um espaço para a bagagem dela, mas mesmo assim a aeronave continua sem decolar. O atraso relatado já seria de mais de uma hora e a companhia aérea não forneceu nenhuma justificativa para isso
"Eis que três homens da Polícia Federal entram de forma extremamente truculenta no avião para levar a “ameaça” do voo embora – a Samantha. Ela se defende mas não reage, alguns pedem pra ela não ir [na maioria mulheres], eu me desespero, todas com muito medo, apreensão e os policiais ameaçam algema-la", relata a jornalista.
Os agentes informaram, segundo a jornalista, que levá-la presa foi uma ordem do comandante. "Samantha era uma ameaça por ser uma mulher, ser preta, ter voz. Ela foi levada pela Polícia, eu quase fui levada junto por defendê-la, me agrediram, me ameaçaram. A mãe de Samantha chorava desesperada ao telefone por não saber o destino de sua filha. Eu chorava também. Outras mulheres e homens se desesperavam".
Em postagem nas redes sociais, a jornalista disse que dará o suporte, inclusive jurídico a Samantha. "Graças ao meu amigo Manoel Soares, a Samantha não ficou só e teve o apoio de dois advogados. Mas esta história não termina aqui, queremos justiça e respeito para todos, queremos que a Gol, este comandante e a tripulação [especialmente um homem chamado Erick] paguem por este crime e os policiais também respondam por tamanha violência".
