Brasil

Manifestantes já acampam no DF à espera da votação do impeachment

Em nota, Secretaria de Segurança chama Dilma de 'ex-presidente'

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A dois dias do início da discussão do impeachment no plenário da Câmara, segundo o cronograma traçado pelos deputados, militantes pró e contra o afastamento da presidente Dilma Rousseff começam a acampar em Brasília. Os grupos que pedem a saída de Dilma estão no Parque da Cidade, na Região Sul da cidade. Na parte Norte, nos arredores do estádio Nilson Nelson, os apoiadores do governo armam suas barracas.

O grupo mais numeroso, até agora, é de integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST). A estimativa do movimento é que o acampamento tenha cerca de duas mil pessoas, incluindo membros de outras entidades, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

— Somos contra o golpe, queremos garantir as nossas conquistas e lutar por mais direitos — diz Antonio Pereira, da coordenação nacional do MST.

No acampamento pró-impeachment, cerca de 20 pessoas estão alojadas em barracas, estima Beatriz Kicis, uma das líderes dos grupos contrários ao governo. Ela conta que os acampados têm recebido doações de simpatizantes, como um fogão e alimentos:

— Nosso acampamento reúne vários perfis, alguns pedem intervenção, outros querem o impeachment. O que nos une é a luta contra o atual governo.

As críticas contra o “muro” erguido na Esplanada dos Ministérios para separar os manifestantes levaram o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, a divulgar um vídeo para justificar a decisão que, segundo ele, visa a “garantir que todos possam se manifestar livremente e sem confronto”. Cartazes de protesto foram colados na estrutura, apelidada de “Muro da Vergonha”.

Foto: Reprodução/O Globo