Política

"Se não tiver avanço nós iremos mobilizar a base", alerta Tiago Ferreira sobre possível greve dos rodoviários

Segundo o edil, a próxima rodada de negociação, a ser realizada até o dia 25 deste mês, será decisiva para a decisão de uma eventual mobilização da base.

Reprodução / Salvador FM
Reprodução / Salvador FM

O vereador Tiago Ferreira (PT) e membro do sindicato dos rodoviários alertou, nesta quarta-feira (19), para a possibilidade da realização de uma greve por parte da classe. Segundo o edil, a próxima rodada de negociação, a ser realizada até o dia 25 deste mês, será decisiva para a decisão de uma eventual mobilização da base.

"Tem sérios problemas para a gente tentar, nesta campanha salarial, resolver ou amenizar. Nestas rodadas de negociações que tivemos até aqui não obtivemos avanços. Teremos outra até o dia 25 e, se não der certo nesta conversa, nós vamos iniciar um processo de protesto e de mobilização da base. Afinal, até a gente chegar numa greve precisamos primeiros tornar consciente os trabalhadores", alertou em entrevista ao programa Fora do Plenário, da Salvador FM.

O político cobrou ainda uma frente de conversa ampla relacionando os empresários, governantes e os próprios representantes dos rodiviários. "Sabemos que uma greve tem suas consequências e, por isso, a classe precisa estar bem informada. Então, a gente está alertando para que possamos sanar os problemas no diálogo, em uma mesa de negociação e sem a necessidade de uma greve. Mas esse é um dispositivo legal que poderemos usar sim", complementou.

Pedidos dos rodoviários

Ferreira também elencou quais são as principais bandeiras da classe atualmente, como descumprimento de um acordo coletivo anterior e a compensação de horas.

"Nossa luta não é apenas por questões salariais, nós temos problemas graves na categoria. Dentre eles está a compensações de horas que serviriam para proporcionar mais folgas aos trabalhadores. No entanto, se tornou um banco de horas. Ou seja, trabalhadores fazem até 2 horas extras por dia e acumulam isso até receberem folga depois. Mas essa relação não é aceita pela classe", explicou.

Frequentemente, trabalhadores seguem fazendo greves sobre o impasse junto a extinção do extinto Consórcio Salvador Norte (CSN), para o vereador, a situação se deve pela má gestão do prefeito diante da crise. "Cabe destacar que o impasse com a CSN segue mesmo após dois anos. O então prefeito ACM Neto (UB) e o atual Bruno Reis (UB) não dialogaram com a gente nesse processo e apenas busca a roda de conversa quando ameaçamos fazer greve. ocasionou em excesso de trabalho", finalizou.