O vereador de Salvador, Edvaldo Brito (PSD), disse que o atual momento da Câmara Municipal (CMS) é "triste" diante da imposição que a maioria na Casa, da base de apoio ao prefeito Bruno Reis (UB), exerce sobre a minoria quanto a apreciação e votação de projetos.
Em entrevista ao programa BN no Ar, na Rádio Salvador FM, nesta quarta-feira (5), o pessedista afirmou que, diante do cenário atual, cogita a possibilidade de renunciar ao cargo que ocupa na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da CMS.
"A Câmara não mudou nada. O prefeito tem a maioria que esmaga qualquer iniciativa da minoria. Eu até fiz um desabafo sobre isso durante sessão na última segunda-feira, quando afirmei que não aguento mais apanhar como minoria. Como exemplo, cito o projeto da capoeira nas escolas que foi aprovado em diversas fases, até mesmo pelos deputados governistas, mas acabou vetado pelo prefeito. Ao voltar para a Câmara, esses mesmos deputados votaram a favor do veto do prefeito. A Câmara vive um momento triste. Se o prefeito disser 'mata', a maioria diz 'esfola'", comentou o edil.
Eleições
Outro tema abordado na entrevista foram as eleições à Prefeitura de Salvador em 2024. Para Edvaldo Brito, quanto mais forem as opções disponíveis no campo oposicionista, menores serão as chances de evitar uma reeleição por parte de Bruno Reis (UB).
"Quanto mais fragmentada a oposição estiver, menos terá possibilidade de ganhar, pois o prefeito tem a máquina na mão. Espero que a oposição se una, veja qual o nome mais apropriado para vencer. Do contrário, vai perder a eleição", alertou o pessedista.