Política

"O vitimismo é algo que permeia a atuação delas", rebate Carballal ao mandato Pretas Por Salvador

O caso teria ocorrido porque Cleide entrou na sessão como assessora de Laina Crisóstomo, titular do mandato coletivo na Câmara de Vereadores.

Reprodução  Redes Sociais
Reprodução Redes Sociais

O vereador Henrique Carballal (PDT) rebateu, nesta terça-feira (04), em entrevista ao Portal Salvador FM, as acusações de que teria atacado e expulsado, do plenário da Câmara dos Vereadores, Cleide Coutinho, integrante do mandato coletivo Pretas Por Salvador (PSOL). Segundo ele, o grupo estaria se aproveitando da situação. "O que elas falaram não é verdade. O vitimismo é algo que permeia a atuação delas", criticou.

O caso teria ocorrido porque Cleide entrou na sessão como assessora de Laina Crisóstomo, titular do mandato coletivo na Câmara de Vereadores. No entanto, a cadeira, em que Cleide estava sentada, era destinada somente aos vereadores. Com isso, Carballal diz ter cobrado tratamento igual entre os integrantes da casa. Cleide, então, foi expulsa do plenário.

"Se ela estava como assessora e sentada naquela cadeira, então, minha assessora também poderia sentar alí. Ou a lei só é válida quando me beneficia?", indagou. O edil disse ainda que a modalidade 'mandato coletivo', o qual Cleide Coutinho seria uma das co-vereadoras, não está regulamentado em lei, portanto, só pode ingressar nas sessões a titular, Laiana Crisóstomo, caso contrário seria um 'jeitinho' nas normas.

"Assim como bolsonaristas invadiram o congresso e queriam destituir a norma vigente, elas também querem derrubar o regimento ao impor seu mandato coletivo. E agora querem se vitimizar, tal qual os bolsonaristas fazem. Co-vereador não existe. E as regras não podem valer só quando interessa para a gente. Regras são feitas para serem seguidas por todos, isso é democracia", acrescentou. 

Os Mandatos Coletivos existem no Brasil desde 2016, mas ainda ocorre uma movimentação para a regulamentação dessa modalidade. Recentemente os mandatos coletivos obtiveram um passo com a aprovação da resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que autorizou o registro da  candidatura utilizando do nome do coletivo formado. 

Por outro lado, para Carballal essa não é uma matéria que deve ser decidida pela Justiça e sim debatida no parlamento. "Enquanto não estiver pavimentado precisamos seguir o que está no regimento. São 43 vereadores que representam o povo. Não são 44, ou 45 ou 46. Quando você quebra esse raciocínio nossas instituições democráticas se fragilizam”, ponderou.

O pedetista ainda ressaltou também foi apoiado por inúmeros políticos, que exercem influência em seu cargo, todavia, não podem ficar transitando na Câmara. O edil terminou classificando as psolistas como "esquerdismo" e as comparou com facistas, que também defenderiam a informalidade das leis.

A crítica tem referência ao livro, do teórico russo Lênin, 'Esquerdimo, doença infantil do comunismo' (1920). Na visão de Carballal, que também é professor de história, seria o "radicalismo cego que impede a construção da sociedade que defendem”