Política

Sílvio Humberto provoca Marcell Moraes e questiona demora na implantação de câmeras nos uniformes da PM na Bahia

Com relação as câmeras, vereador Sílvio Humberto (PSB) reforçou importância da iniciativa tanto para os policiais, quanto para os abordados

Reginaldo Ipê/CMS
Reginaldo Ipê/CMS

O vereador de Salvador, Sílvio Humberto (PSB) provocou o ex-deputado Marcell Moraes (PSDB) após o tucano afirmar que o socialista "quis aparecer" ao opor-se, em 2013, a um Projeto de Lei apresentado por Moraes, que tentou proibir o 'sacríficio' de animais em religiões. Na época, a proposta foi vetada.

Humberto retrucou, afirmando que Moraes "subiu como um foguete e caiu como um balão apagado". "Quem tem boca fala o que quer, mas também ouve o que não quer (…) É uma brutalidade, tem a ver com como o racismo se manifesta", disse o pessebista em entrevista ao MetroPod, nesta segunda-feira (3), mesmo dia em que Moraes deu a declaração ao veículo.

"Algo que tem tradição, construção, toda uma luta nessa cidade e país, uma religião que até 1978 precisava da autorização da antiga Delegacia de Jogos e Costumes para poder proferir o culto, e alguém vem e acha que pode, com uma canetada, legislar sobre esse tema (…) [O projeto] Foi considerado anticonstitucional rapidamente, houve uma reação poderosa da sociedade civil, das religiões de matriz africana", completou Sílvio Humberto.

Demora

Outro dos assuntos abordados durante a entrevista foi com relação a demora na implantação de câmeras nos uniformes da Polícia Militar na Bahia (PM-BA). Segundo ele, a iniciativa é importante tanto para garantir a segurança da corporação e da população quanto para combater o racismo no estado.

"A gente precisa resolver de uma vez por toda a questão das câmeras nos uniformes porque isso protege o policial, a ação policial e as pessoas. É comprovado que é eficiente. Então por que está demorando?", questionou.

"É evidente que temos que estar em luta contra o sistema. Se não for nesse governo [de Jerônimo Rodrigues (PT)] que a gente conseguir essa virada de chave, não sei quando será. O armamento incentivado pelo antigo projeto nacional produz vítimas. O racismo tem que ser discutido dentro das corporações", acrescentou o socialista.