Política

VÍDEO: Wagner comenta fala de Lula sobre Sergio Moro durante discurso no Senado e "cutuca" colega de parlamento

Em entrevista nesta semana, presidente Lula (PT) revelou desejo de "f****" Sergio Moro quando esteve preso em Curitiba

Waldemir Barreto/Agência Senado
Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Jaques Wagner (PT-BA) comentou, em sessão na Casa Legislativa, a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, em entrevista nesta semana, revelou o desejo de "f****" o ex-ministro e senador Sergio Moro (UB), quando esteve preso em Curitiba, entre 2018 e 2019.

A declaração do petista foi dada ao portal Brasil 247, no Palácio do Planalto. Em lágrimas, ele relembrou dos momentos no cárcere. “De vez em quando um procurador entrava lá dia de sábado, ou dia de semana, para visitar, perguntar se estava tudo bem. Entrava 3 ou 4 procuradores e perguntava ‘tá tudo bem?’. Eu falava ‘não está tudo bem (…) Só vai estar bem quando eu f**** esse Moro’".

Já em entrevista à GloboNews, Moro reagiu, classificando a declaração como "infeliz". “Quando o presidente faz esse tipo de ofensa, ela acaba incitando a violência contra outras pessoas”, alegou. “Eu fiz o meu trabalho na época na Operação Lava Jato, mas nunca de reportei de forma ofensiva ou utilizando palavrões contra o atual presidente", respondeu.

Por sua vez, em discurso no Senado Federal, Jaques Wagner falou sobre o assunto, aproveitando para dar uma "cutucada" no colega de parlamento enquanto Sergio Moro estava na tribuna da Câmara Alta (veja vídeo abaixo).

"Quero parabenizar o seu discurso (…) porque Vossa Excelência foi muito objetivo (…) vai apresentar um projeto de lei (…) que visa exatamente o combate ao crime organizado. Vejo muito colega (…) que dão voltas em matérias que nada têm a ver com o tema, que ofendem, eventualmente, o presidente da República, por ter feito uma fala que eu não faria", disse Wagner.

"Mas ele fez relatando uma situação de quando foi preso – independente de sua compreensão – injustamente, como foi demonstrado pelos julgamentos posteriores", completou o senador petista.