Política

Diretora do Ipac classifica críticas que recebeu após condecoração da PM como "expressão do machismo"

Luciana Mandelli, diretora do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, Ipac, disse que as críticas à condecoração de reconhecimento da Polícia Militar que ela recebeu trata-se de uma "mais uma expressão do machismo".

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Luciana Mandelli, diretora do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, Ipac, disse, em entrevista ao Programa Fora do Plenário, da Salvador FM, que as críticas à condecoração de reconhecimento da Polícia Militar que ela recebeu trata-se de uma "mais uma expressão do machismo".

A nota que a criticava colocava a diretora como uma "militante petista de espírito radical sem nenhuma experiência prévia em gestão pública nem na área cultural". No entanto, Luciana é historiadora, foi Diretora Executiva na Fundação Perseu Abramo e Coordenadora do Centro de Memória Sérgio Buarque de Holanda, além de ter iIntegrado a Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República no Governo Dilma Rousseff. 

A PM homenageou 168 pessoas, mas apenas o caso dela gerou repercurssão, na visão da diretora isso é "o machismo nosso de cada dia, a gente tem que se provar todo dia quando ocupamos espaços de poder. Fora que são regras objetivas para receber essa condecoração". 

Sistema de Museus

Luciana ainda destacou as próximas ações do Instituto, "o sistema de cultura foram sendo desmontados desde o golpe à presidenta Dilma Rousseff. Estamos retomando agora, fazendo uma política de reparação, mas também, como conversamos com o Secretário de Cultura, Bruno Monteiro, faremos um projeto de futuro e exposição de nossa arte."

Segundo a historiadora um dos focos de suas ações será a educação patrimonial, "estamos reativando o sistema de museus e programando, porque a gente tem arte em todas as nossas esquinas. Mas não sabemos ou não valorizamos".

Foram destacados como próximas entregas: inaugurar o museu de arte contemporânea da Bahia; transformar o Palacetes das Artes em uma referência na área; reformar o Museu de Arte Moderna (MAM), trazendo de volta o café que tem no local, e retomar os encontros de museus, que após dez anos voltar a existir, desta vez sediado em Cachoeira.

Assista ao programa na íntegra