O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), analisou as negociações para a federação do União Brasil com PP e reiterou que as "barreiras regionais" são o que dificulta a conclusão do processo.
Segundo o prefeito, na Bahia a relação já foi "pacificada" entre as legendas, mas restam ainda questões particulares de outros estados.
"Nós temos ainda problemas de origem regional, de compatibilizações, de um casamento que tem que acontecer por pelo menos quatro anos. Se conseguir, vamos avançar para a federação. Se não for possível, tentar formalizar um bloco ou qualquer outra alternativa", afirma.
Mesmo entrave passam o PSB e o PDT para formarem a federação. No estado, o partido presidido pela deputada Lídice da Mata (PSB) apoia o Governo da Bahia e opõe à Prefeitura de Salvador, enquanto o PDT tem a vice-prefeita da cidade, Ana Paula Matos.
Caso se concretize, Bruno sabe que precisará sentar com representantes das legendas para decidir sobre o futuro.
"Na Bahia por exemplo, a relação entre PSB e PDT é um ponto a ser solucionado. Na medida que isso ocorrer, podemos iniciar as tratativas", explicou o prefeito durante lançamento do Festival da Cidade, na manhã desta quarta-feira (15).
CONVERSA COM O PL
Bruno também falou da boa relação com o presidente do PL na Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, que avalia colocar seu nome para a disputa da Prefeitura em 2024, ou se apoia o atual prefeito.
"Tenho excelente relação com João Roma e diversos membros do partido, mas, efetivamente, as tratativas para 2024 só vamos realizar em 2024", contemporizou.
O prefeito, contudo, garantiu que não vai ter dificuldades de encontrar o momento certo e dialogar com o partido, que pode filiar o atual presidente da Câmara Municipal, Carlos Muniz (PTB).
"Vocês sabem a minha forma de proceder na política. Não tenho inimigos, eu faço uma política construtiva, de resultados. Nós vamos dialogar com o PL, inclusive se Carlos Muniz estiver lá, participará ativamente deste diálogo", finaliza.