Os senadores da República vão trabalhar menos em 2023. Na primeira reunião após o feriado de Carnaval, eles decidiram que terão semanas reduzidas de trabalho. Com o aval do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ficou acertado que os projetos serão votados terças, quartas e quinta-feiras.
Segundas e sextas terão sessões não deliberativas, o que significa que os parlamentares não precisarão trabalhar nesses dois dias, pois não será considerado falta.
Também fica instituído o mês de três semanas. Ou seja, na última semana do mês o trabalho será "com pauta tranquila" e de forma remota. Na prática, os senadores só precisarão trabalhar nove dias em um mês em Brasília.
Para esta dinâmica de trabalho, os parlamentares seguirão recebendo o salário de R$ 39,2 mil, valor que irá aumentar para R$ 41,6 mil, em reajuste definido no ano passado.
Líder do Podemos no Senado, Oriovisto Guimarães (PR), defendeu a medida e classificou como um "avanço".
"Isto vai permitir um maior contato com a base de cada senador, uma semana por mês", afirmou.
Na reunião desta terça-feira, 28, os senadores decidiram ainda que, às terça e quartas-feiras, o expediente começa só à tarde. O início programado é às 14h, mas votação mesmo só a partir das 16h. Estão liberadas no período da manhã, no entanto, sessões nas comissões temáticas. Os senadores só têm desconto no salário se faltarem nas votações em plenário, sessões que começam às 16h.