O Partido dos Trabalhadores da Bahia comemorou a decisão judicial contra ato de racismo sofrido pelo deputado federal Valmir Assunção e defendeu que a discriminação racial seja combatida.
A 20ª Vara Cível de Brasília determinou o pagamento de indenização com a penhora de parte dos bens da empresária de Itamaraju (BA) Jaqueline Soares de Oliveira por ter chamado o parlamentar de “macaco” nas redes sociais em abril de 2020. As agressões foram feitas depois que Valmir fez uma publicação defendendo a política do então governador Rui Costa para instalação de 20 leitos de UTI no Hospital Geral de Itamaraju para tratar pacientes com coronavírus no Extremo Sul da Bahia, que foi rejeitada pela Prefeitura.
Presidente do Partido dos Trabalhadores, Éden Valadares afirmou que a determinação judicial representa uma vitória contra um problema que ainda está tão presente na sociedade.
“Parabenizamos a Justiça pela decisão e defendemos e esperamos que a decisão sirva de exemplo para evitar esse tipo de violência. Não podemos mais tolerar o racismo em nossa sociedade. Que seja sempre feita a justiça e que os responsáveis sejam punidos no rigor da Lei", afirmou o dirigente estadual.
Os integrantes da Secretaria Estadual de combate ao racismo do PT Bahia também comemoraram. “Precisamos assegurar diariamente que mais decisões como esta sejam tomadas no sentido de combater o racismo estrutural em nossa sociedade. É claro que o trauma psicológico é irreparável, mas a sensação de justiça de que este não foi mais um crime de racismo impune fortalece as nossas esperanças e lutas”, destacou Jumária Santos, secretária Combate ao Racismo do PT Bahia.
Após a divulgação da condenação, o deputado Valmir Assunção comentou o resultado. “Quero afirmar que jamais devemos aceitar calados um crime. Não admito que eu e meu povo sejamos discriminados pela cor da pele, sermos animalizados e desrespeitados. Ela foi condenada por Injúria Racial, mas se trata de racismo, o mesmo que combatemos com altivez todos os dias”, disse Valmir Assunção, que teve seu primeiro acolhimento acerca da denúncia feito pelo Centro de Referência Nelson Mandela, mantido pela Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Bahia (Sepromi).