Política

Jerônimo detona Bolsonaro por retirar dinheiro para hemodiálise: 'Vai pagar pelo que fez com o Brasil'

Desde 2020, o governo Bolsonaro promoveu cortes e deixou de repassar o pagamento referente ao tratamento, às clínicas e empresas privadas

Vagner Souza/Salvador FM
Vagner Souza/Salvador FM

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), criticou nesta terça-feira (28), durante lançamento de programa vacinal em Madre de Deus, na região metropolitana de Salvador, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos cortes orçamentários no custeio do tratamento de hemodiálise, voltados a pacientes com doenças renais. 

Desde 2020, o governo Bolsonaro promoveu cortes e deixou de repassar o pagamento referente ao tratamento. às clínicas e empresas privadas, que passaram a limitar e até deixar de oferecer as sessões. O caso aconteceu em diversos estados, inclusive na Bahia.

"Ele deixou uma herança perversa que reduziu e até eliminou esforço das empresas, hospitais e clínicas, de atenderem pessoa que fazem hemodiálise", pontuou o governador, que se comprometeu em arcar com os custos para manter o tratamento e não colocar em risco a vida dos pacientes.

"Só quem tem parente que faz hemodiálise, que sabe o quanto é difícil ir duas, três vezes por semana se dirigir à clinica", completou.

Sem uma solução imediata tomada pelo novo governo Lula, Jerônimo garante que já articulou com a equipe econômica uma solução e irá tratar o tema como "prioridade".

"Enquanto o governo não faz, vamos pagar essa conta, o estado da Bahia vai botar o complemento […] quando é prioridade, a gente sabe que tem que fazer, e se precisar fazer cortes na carne, nós faremos", justificou.

Jerônimo afirmou que o "fujão", em referência à ida de Bolsonaro aos Estados Unidos logo que foi derrotado nas urnas, ainda vai precisar "pagar tintin por tintin" todos os danos causados ao país.

"Quando ele voltar, a Justiça estará aguardando ele. Vai pagar 'tintin' por 'tintin' o que fez com o Brasil. Como ele disse que era militar, e todo militar é obediente à disciplina e à regra, ele sabia que tinha o dever constitucional de passar a faixa ao presidente eleito, mesmo com a derrota. A democracia exige da gente. Mas ele fugiu", alfinetou o petista.