O vereador Henrique Carballal, autor de Projeto de Lei que proíbe uso da pistola d’água, típico entre foliões do bloco As Muquiranas, defendeu o grupo. Segundo ele, "quem tem que ser responsabilizado é quem comete os erros", que na visão do políticos seria os próprios foliões envolvidos.
O debate ressurgiu após circular, nas redes sociais, o vídeo de integrantes do grupo encurralando, a partir do uso da pistola, uma mulher que passava no circuito. Em nota divulgada, o bloco disse fazer companha contrária ao uso do dispositivo tendo também se posicionado nesse sentido na discurssão da Casa Legislativa.
Apesar disso, o Projeto de Lei 2352012 não passou nem mesmo da Comissão de Constituição e Justiça, pois "não compete ao município legislar sobre a matéria". O vereador, Henrique Carballal, não recorreu à decisão e a matéria acabou sendo arquivada. Em entrevista ao Portal Salvador FM, nesta sexta-feira (24), o político disse que, na verdade, não teve apoio na Casa Legislativa, "eu não tenho problema em reapresentar o projeto, mas não tive poio na época por essas mesmas pessoas que hoje estão reclamando do uso das pistolas".
Para Carballal, os blocos não podem vetar o uso de objetos, mas sim, o poder público, "já vi várias pessoas dizendo que os filhos de gandhy são brigões, que forçam mulheres para trocarem por beijo. Mas aquele colar é uma energia. E os filhos de gandhy orientam, no entanto, não podem fazer mais que isso. Isso é cargo do poder público, que precisa intervir".
"Eu respeito a instituição, um dos poucos blocos que resistem sem investimento do governo e agora tentam acabar com o bloco. Sou contrario a toda e qualquer violência contra a mulher e acho que as forças de segurança precisam atuar. O poder publico é quem proíbe", finalizou Carballal.