O vereador Marcos Mendes (Psol) diz que após o apoio do partido a Jerônimo Rodrigues (PT), nas eleições estaduais, a sigla tem sido ignorada pelo atual governo. Segundo ele, o Psol não foi ouvido no processo e não se sente representado.
“A gente não se sente pertencente do PT. O PT não tem representado a gente. A gente apoiou de maneira muito crítica Jerônimo no segundo turno, porque nós não queríamos o retorno do carlismo, mas a gente tentou começar mais de movimentos sociais, socioambientais, tentamos conversar com ele e não teve diálogo, não teve conversa e ele continuou indicando pessoas que a gente refuta muito”, disse Marcos.
Como exemplo, o vereador citou a diretora-geral do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Márcia Cristina Telles, que indicou Eduardo Sodré Martins, enteado de Jaques Wagner como secretário do Meio Ambiente. “Ele tem uma visão, mais uma vez, mercadológica. Então não nos representa esse modelo de sociedade”, destacou.
Mendes afirma ainda que esperava um outro posicionamento por parte do governador, mas diz não estar supreso. “Jerônimo é uma figura que vem de movimentos sociais, inclusive ele tem uma descendência indígena. Existia uma esperança sim, mas eu não sou tão ingênuo porque de qualquer forma, ele era um segmento de Rui Costa. Então eu já sabia isso e eu alertava muito as pessoas, mas existia a esperança”, criticou.
Sobre a Prefeitura de 2024, o vereador apoia a união dos partidos de esquerda, mas não é favorável com a escolha do vice-governador Geraldo Jr para o cargo.
“Eu sou a favor da gente buscar as forças de esquerda, mas as forças de esquerda que queiram algo diferente. Tenho uma relação boa com Geraldo Jr, é um cara que me respeitou muito quando fui vereador, mas sinceramente ele como prefeito de Salvador não representa a gente, na visão do que a gente quer desenvolver para uma capital como Salvador”, opinou.