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"A Saltur inviabilizou o evento", diz organizador de festa à fantasia na Ladeira da Preguiça

Marcelo Teles contou ao Portal Salvador FM que pasta informou que não repassaria recursos na semana anterior à festa

Divulgação
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A realização do "Banho de Mar à Fantasia" na Ladeira da Preguiça, marcada para este domingo (12), às 9h, foi comprometida pela Secretaria de Turismo de Salvador, de acordo com Marcelo Teles, coordenador do Centro Cultural Que Ladeira é Essa?.

Produtor da festa que se tornou um marco no Centro da cidade, atraindo 40 mil pessoas nos anos de 2019 e 2020, Marcelo afirmou em conversa com o Portal Salvador FM que existia uma negociação em curso com a pasta para angariar recursos.

No entanto, na última semana, o cenário foi se "afunilando" até que os organizadores foram informados que não teriam direito a nenhum centavo de incentivo por parte do órgão vinculado à gestão municipal.

"Conseguimos uma negociação com muita antecedência, mas até a última semana foi se afunilando a zero", relata Marcelo.

O evento conseguiu um incentivo da Fundação Gregório de Mattos, presidida por Fernando Guerreiro. Os R$ 20 mil que seriam repassados para custear a atração musical e as principais taxas, nõa puderam ser captados já que não teria o apoio da Saltur.

"Um era complementar ao outro, aí o recurso que tem na FGM podia pagar o artista, mas não ia ter como contratar o equipamento, demais coisas para estrutura. A Saltur inviabilizou o evento. Precisamos de antecedência. Sem o recurso da Saltur, não tinha como captar os R$ 20 mil proporcionados pela FGM", explicou.

A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Salvador, mas até o momento da publicação não obteve resposta.

A festa cheogu a movimentar R$ 1,5 milhão na economia local, com mais de 1000 famílias impactadas, pelo serviço de ambulantes, barracas de rua, assim como movimenta a rede de hotéis e pousadas da região e transporte.

Em um primeiro momento, o Banho de Mar à Fantasia foi cancelado, mas segundo Marcelo a comunidade local se recusou a suspender o festejo e se mobilizou por meio de busca de apoios e uma vaquinha virtual para alugar banheiros químicos e o mínimo de infraestrutura.

"A gente optou pelo cancelamento, mas como temos responsabilidade social com quem investiu, setores de ambulantes, pessoas que estão precisando girar a economia, decidimos fazer de forma singela […] nõa tem estrutura, apoio para fazermos o que era nossa pretensão, mas vamos tentar reverberar questões sociais que acomentem o pessoal da Ladeira da Preguiça e estimular o empreendedorismo cultural após dois anos pesados de pandemia, com pessoas morrendo de fome", acrescenta Marcelo.