Destaque na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) admitiu que pode votar em Rogério Marinho (PL), candidato bolsonarista, para a presidência do Senado.
O líder do PSDB na Casa, Izalci Lucas, já tinha anunciado que a maior parte do partido iria caminhar com Marinho ao invés de apoiar a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD).
Vieira chegou a defender publicamente em algumas ocasiões o impeachment de Jair Bolsonaro (PL) e colocou o seu nome à disposição do Cidadania, seu então partido, para concorrer à presidência no último pleito.
A candidatura não foi para frente devido à federação que alçou o nome da senadora Simone Tebet (MDB).
O senador fez uma ressalva ao falar do seu possível apoio a Marinho, destacando que Pacheco engavetou o pedido de abertura da CPI da Covid feito por ele.
Rogério Marinho foi ministro de Desenvolvimento do governo Bolsonaro.
"A disputa é entre a permanência do grupo Alcolumbre/Pacheco na direção da casa e a eventual mudança de rumos. Os 3 candidatos têm história democrática conhecida", afirmou em post no Twitter.
O outro nome colocado na disputa é o do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), também identificado com o bolsonarismo.
"A eleição no Senado está sendo avaliada como um “3º turno” presidencial, mas não é. Vamos decidir a gestão da casa no próximo biênio. Entendo que + 2 anos de Alcolumbre/Pacheco é muito ruim. Basta lembrar que a CPI da COVID só rolou pq fui ao STF. Pacheco queria engavetar", finalizou.
Confira:
Quem descreve a eleição no Senado como uma disputa entre democracia e autoritarismo está enganado ou enganando alguém. A disputa é entre a permanência do grupo Alcolumbre/Pacheco na direção da casa e a eventual mudança de rumos. Os 3 candidatos têm história democrática conhecida.
— Alessandro Vieira (@_AlessandroSE) January 30, 2023