Polícia

Jovem é estuprada e morta após calourada em universidade

Homem suspeito de praticar o crime foi preso por femincídio e estupro

Reprodução/Redes Sociais
Reprodução/Redes Sociais

Uma jovem estudante identificada como Janaína da Silva Bezerra morreu, neste sábado (28), após ser estuprada morta em um dos prédios da Universidade Federal do Piauí, na cidade de Teresina. Ela estava em uma festa de calourada.

O homem que estava com a mulher foi preso suspeito de feminicídio e estupro. Um laudo do Instituto de Medicina Legal do Piauí revelou que ela teve o pescoço quebrado.

A perícia mostra indícios de violência sexual e aponta que a causa da morte foi um "trauma raquimedular [lesão na medula] por ação contundente", ou seja, houve uma contusão na coluna vertebral, que causou a lesão da medula espinhal e a morte da jovem.

Conforme a médica legista, a lesão pode ter sido causada por pancada, que teria torcido ou traumatizado a coluna vertebral. Uma das possibilidades investigadas é a ação das mãos no pescoço da vítima, com o "intuito de matar ou fazer asfixia, queda, luta, dentre outras possibilidades que estão sendo analisadas".

Em depoimento à Polícia Civil, o suspeito afirmou que conhecia a vítima e que teriam "ficado" em outras ocasiões. Ele ainda contou que ambos estavam em uma calourada na UFPI e que, por volta das 2h, teria convidado a jovem para ir a um corredor. Em seguida, foram a uma das salas de aula onde, segundo depoimento do suspeito, "praticaram sexo consensual e que após a prática sexual a vítima teria ficado desacordada".

Ele alega que permaneceu ao lado do corpo da vítima durante a madrugada e solicitou socorro à segurança da universidade por volta das 9h, que conduziu a vítima ao Hospital da Primavera, onde foi constatada a morte.

O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Baretta, afirma se tratar de estupro. A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do suspeito. Segundo o DHPP, o inquérito policial será concluído em até dez dias.

A UFPI publicou uma nota em que lamentou o fato e informou que o evento não tinha autorização para ocorrer. A universidade disse, ainda, que o reitor determinou a instauração de um processo administrativo para a apuração dos fatos.

A universidade disse ainda que "desaprova quaisquer eventos que coloquem em risco a comunidade acadêmica e preza pela segurança e bem-estar de estudantes".