Analistas e técnicos do INSS de toda a Bahia estiveram reunidos, nesta sexta-feira (27), de forma híbrida, para discutir o sucateamento e os desafios para reestruturação da Previdência Social. O encontro, organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social reuniu servidores das sete gerências regionais do Estado e teve como principal demanda o retorno da Superintendência Regional do órgão para Salvador, uma vez que a Bahia é o Estado que mais reúne funcionários e segurados e foi o que levou mais tempo como sede central do órgão no Nordeste.
Os servidores pretendem apresentar um documento com um diagnóstico e propostas de melhorias para a Previdência ao ministro da Previdência, Carlos Lupi e o presidente do INSS.
O ofício apontará, dentre outras demandas, a necessidade de ampliação do quadro funcional do órgão responsável pelo andamento dos processos de aposentadorias; A melhoria das instalações das unidades do INSS em todo o Brasil, além de medidas para a aceleração dos pedidos de benefícios e revisão do modelo de home office adotado na previdência, que segundo os servidores, tem causado morosidade no andamento dos processos de aposentadoria, pensões e benefícios.
Atualmente, há 5,5 milhões de pedidos de aposentadoria represados em todo o Brasil. Na Bahia, são pelo menos 600 mil.
“Até meados da década passada, as aposentadorias e benefícios eram concedidos em até 45 dias. Atualmente, o prazo é de até 100 dias, caso o processo seja totalmente liberado”, alerta o coordenador do SINDPREV-BA, Edivaldo Santa Rita.
Raimundo Cintra, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social ainda destacou que benefícios que saiam em 48 horas, a exemplo do auxílio maternidade que hoje pode demorar meses e até anos para sair. Sendo, inclusive, contraditório com sua finalidade.