A treta já começou no Big Brother Brasil 23! Em um longo desabafo com sua dupla, Domitila, Cezar levantou um comentário de Fred Nicácio no dia anterior. Para o baiano, a fala do médico inferiorizou a classe dos enfermeiros, a qual Cezar pertence.
A fala em questão aconteceu durante um relato de Fred aos companheiros de reality. "Porque um dia eu fui num fisioterapeuta e aí eu vi um médico entubando, e eu disse: 'Eu queria fazer isso aí'. E daí, uma enfermeira branca disse: 'Sai daí, menino, isso aí é só pra médico'. Tá bom. Sete anos depois, amor, eu voltei lá, e ela foi minha enfermeira. É, tô aqui, doutor Fred Nicácio, e aí? Agora eu vou entubar e você vai me ajudar. Porque a gente trata racista assim, expondo, porque quem criou o constrangimento que lide com ele”.
Para Cezar, a fala é ofensiva e é uma luta diária da classe. O brother ainda relatou o momento do parto de uma paciente, onde ressalta que “que, limpa, pesa, entrega de novo para sua mãe” são os enfermeiros.
"Ele falou, tentando ser para ele algo de positivo… 'Ah, porque a enfermeira me criticou porque eu era fisioterapeuta, mas depois eu virei médico e ela tinha que me auxiliar'. Pô, cara, pra gente é super ofensivo isso. Para nossa classe, isso aí é uma coisa que a gente briga todos os dias… Gente, você nasce, o médico tira você da barriga da sua mãe, e entrega pra gente. A gente é quem limpa, pesa, entrega de novo pra sua mãe. Do dia que você nasce, na hora da UTI, você morreu, quem prepara seu corpo é a enfermagem. Nós somos a primeira passagem de você para o mundo, e a última. Então, nossa classe é foda, nossa classe trabalha mais do que todas as classes. Nossa classe não tem reconhecimento, a gente briga todos os dias para chegar lá", disse Cezar a Domitila.
No entanto, Domitila afirmou que Cezar ouviu mal o comentário, e defendeu o ponto de vista de Fred: "Você pode escutar mal, mas eu ouvi. Ele criança disse que queria ser médico, e a enfermeira, branca, disse que não”.
Domitila ainda apontou que cresceu com tias enfermeiras, e que sua avó trabalhava limpando chão e apertando botão de elevador num hospital público em Recife. Ela também levantou que Fred Nicácio foi a primeira pessoa a perguntá-la sobre sua experiência na Alemanha, como mulher negra, e acusou Cezar de não querer saber sobre sua história.