Política

Confirmado! Lula assume a Casa Civil

Jacques Wagner assume chefia do gabinete

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Após decisão da presidente Dilma Rousseff, fica confirmado nesta manhã de quarta-feira (16) o destino do ex-presidente Lula: ele agora assume a Casa Civil. A discussão foi iniciada no jantar de ontem, no Palácio da Alvorada, que demorou mais de quatro horas.

Com a mudança na Casa Civil, Dilma, que precisava definir o destino de Jacques Wagner, coloca o ex-governador da Bahia como chefe do gabinete do Palácio do Planalto. 

Segundo pessoas que conversaram com os participantes do jantar, ontem, Lula chegou a Brasília ainda resistindo à ideia de ocupar um cargo no governo. O argumento que teria pesado foi a oferta de Jacques Wagner para que ele ocupasse a Casa Civil, por ser o segundo cargo mais importante do governo.

Com as definições acertadas, Lula define com Dilma uma reforma mais ampla do primeiro escalão do governo. Dilma deve mexer em outras peças do Ministério. Há uma pressão para que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, deixe o cargo, depois que foi revelada a conversa com o assessor do senador Delcídio do Amaral em que o ministro oferece ajuda para tentar evitar a delação premiada do parlamentar.

A presença de Lula no governo também deve mexer na área da economia do governo. Lula pressiona por uma guinada nos rumos das políticas econômica e monetária, com o uso das reservas internacionais para abatimento de dívidas e uma pressão pela redução da taxa de juros, criando um populismo fiscal.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tem demonstrado incômodo com as notícias de que Lula gostaria de trazer para o governo o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

O governo se esforça para convencer que a ida de Lula para o Palácio do Planalto é para tentar salvar o mandato da presidente Dilma. Já a oposição afirma que o oferecimento de um ministério para Lula é para blindá-lo no campo da Justiça. A consequência prática é que Lula se livra da mira do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, já que passaria a ter como foro o Supremo Tribunal Federal.

Foto: Reprodução