"Eu não sou vilão. Eu não sou bandido. Eu sou um profeta do caos", provocou o senador Delcídio do Amaral, afastado do PT, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (16). A declaração foi feita após a homologação da delação premiada pelo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em entrevista ao jornal, o senador classificou Mercadante, que, segundo ele, tentou evitar a delação oferecendo apoio financeiro, como "amigo da onça". "Amigo? Ele é amigo da onça! Onde ele era meu amigo? Minha história toda no Senado é de briga com ele. Todo mundo sabe disso", disse Delcídio.
À Procuradoria-Geral da República, Delcídio acusou a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de atuarem diretamente para minar a Operação Lava Jato e responsabilizou ambos pela corrupção na Petrobras.
A denúncia atinge toda a linha sucessória da Presidência: o vice, Michel Temer (SP), e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL), todos do PMDB.
O ex-líder do governo no Senado, homem de confiança de Lula e Dilma, também lançou artilharia pesada sobre ministros, ex-ministros e políticos com e sem foro privilegiado.
Prometeu ainda pagar multa de R$ 1,5 milhão e pediu para sair do PT. Em meio aos disparos, nem caciques da oposição escaparam.
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