O deputado estadual na Bahia. Samuel Júnior (Republicanos), afirmou nesta quinta-feira (4) que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), saiu enfraquecido da derrota para Jerônimo Rodrigues na eleição de 2022.
Membro do partido que é um dos mais importantes aliados do prefeito Bruno Reis (União) e do grupo de ACM, Samuel concorda que olhar para a situação após ela já ter acontecido é mais "fácil", mas garante que alguns aspectos na campanha poderiam ter sido diferentes.
"ACM Neto reunia todas as condições para vencer a eleição. Claro que avaliar depois, é fácil, mas tem pontos que ele poderia ter melhorado", pontuou o parlamentar em entrevista ao programa Fora do Plenário, da rádio Salvador FM.
Na visão do deputado evangélico, o trunfo de Neto era concorrer com o candidato que tinha sido secretário de uma das áreas mais criticadas do governo Rui Costa( PT), mas mesmo assim ele não foi capaz de vencer.
Segundo Samuel, a derrota coloca em cheque o próprio futuro político de Neto, que ficou sem mandato e já não é mais presidente do seu partido, o União Brasil, como foi do extinto DEM.
"Hoje, para ele ter uma sobrevida, depende muito mais de uma administração ruim, coisa que eu não desejo", disse Samuel, comparando a torcer contra o sucesso do piloto do avião em que está como passageiro.
"O fato de estar dentro, não posso desejar que conduza da forma errada, pois vai cair, vai arrebentar todo mundo", comparou o deputado ao governo Jerônimo.
"Estamos no avião chamado Bahia", completou, destacando a facilidade do novo governador em assumir com o apoio de Lula (PT) e interlocução de Rui, que se tornou ministro da Casa Civil.
Com o sonho de se tornar líder da Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Samuel Jr. acredita que o tempo pode ser ainda o maior inimigo para Neto.
"Ele teve todas as condições de ganhar até pela boa gestão em Salvador. Mas, agora vem um intervalo maior, as pessoas tendem muito a esquecer as coisas boas que já fizeram. Vão se passar 6, 8 anos, um passado como prefeito, agora ele vai ter que ter outro discurso. Só se Jerônimo fizer um péssimo governo, mas se você olhar de forma humana, não deve fazer, mesmo discordando, vimos ele trabalhando com Rui Costa", contemporizou.
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