Política

Afonso Florence explica motivo de exoneração da Casa Civil

Deputado ressaltou o seu papel hoje como líder da Oposição no Congresso.

Vagner Souza /Salvador FM
Vagner Souza /Salvador FM

A exoneração do deputado federal Afonso Florence do cargo de chefe da Casa Civil do Governo da Bahia, publicada em edição extra do Diário Oficial nesta quinta-feira (5), pegou muitos de surpresa – mas não o próprio petista. 

Em conversa com o Portal Salvador FM por telefone, enquanto falava do gabinete da própria pasta, Florence disse que toda a movimentação já estava prevista no "script" do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

O seu retorno da licença do cargo de como deputado federal, segundo Florence, é pela relevância do seu papel hoje como líder da Oposição no Congresso. 

"Minhas atribuições como líder da Oposição hoje são muito densas, com profundidade e extensão. Tem MP's para serem votadas, vetos, projetos que alteram o orçamento. Então é meu papel, eu coordeno a oposição na Comissão Mista de Orçamento que tramita hoje", lista o deputado.

A sua nomeação para Casa Civil mesmo com a saída já programada, atendeu a uma necessidade do governo de transição de Jerônimo.

"Eu fiz dezenas de reuniões nesse período, foi muito importante. E para isso precisava formalizar a minha atuação como secretário […] eu me licenciei lá em Brasília e tomei posse aqui porque eu tinha atribuições políticas de muita envergadura", relata Florence.

O deputado embarcaria hoje para Brasília, mas por um imprevisto só deve viajar na segunda-feira (9), quando já deve se reunir com ministros do governo Lula (PT).

Até fevereiro, ele ainda quer se reunir com assessores técnicos do senador Randolfe Rodrigues (Rede), o novo líder do Governo no Congresso.

"Se eu resolver tudo em tempo, pretendo retornar e assumir", reitera.

CONFIANÇA

O parlamentar explica, contudo, que o governo estadual não terá nenhum prejuízo neste período, já que o chefe de gabinete que assume as funções como secretário é Carlos Mello.

Ele ocupa a função de confiança da Casa Civil desde o primeiro governo de Jaques Wagner, que marcou o início da era PT na Bahia.

"Posso, elogiosamente, chamá-lo de eterno secretário da Casa Civil. Não tem sangria se eu ficar fora um mês, é um privilégio ter o Carlos", ponderou o parlamentar.