O processo de investigação do caso da atriz Klara Castanho, de 21 anos, que em 2022 teve informações confidenciais vazadas por uma enfermeira do hospital em que estava internada, foi arquivado pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP).
O órgão apurava a denúncia de que uma enfermeira teria abordado e ameaçado divulgar informações sobre a entrega da criança para adoção. A atriz tinha acabado de dar à luz a um bebê, resultado de um estupro sofrido pela jovem em 2021.
Em nota, o Conselho destacou que após uma sindicância no Hospital Brasil, não foi constatado a participação de nenhum profissional do hospital na divulgação de informações sigilosas:
“O conselho seguiu todos os ritos processuais, solicitou documentos à instituição hospitalar e convocou os profissionais do plantão à época do fato denunciado, porém não constatou a participação de nenhum profissional de enfermagem em relação ao vazamento de quaisquer informações sigilosas de pacientes, o que levou ao arquivamento do processo. Até o momento, o Coren-SP também não recebeu denúncia por parte da atriz quanto ao tema”, afirmou em nota.
Caso Klara Castanho
Em carta aberta publicada em seu perfil do Instagram, em junho, a atriz relatou ter sido vítima de um estupro e, em decorrência da violência sexual, engravidou. A artista ainda falou que descobriu a gestação quando já estava em estado final e, por conta disso, resolver dar o bebê para adoção.
“Esse é o relato mais difícil da minha vida. Pensei que levaria essa dor e esse peso somente comigo. No entanto, não posso silenciar ao ver pessoas conspirando e criando versões sobre uma violência repulsiva e de um trauma que eu sofri. Eu fui estuprada”, disse em um trecho.