Dirigentes do PT e de movimentos ligados ao partido avaliaram que os atos desse domingo (13) deixaram dois recados. O primeiro é quanto à urgência de uma reação imediata do Palácio do Planalto na economia. O segundo, dizem, refere-se à necessidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrar para o governo.
Lideranças petistas tambem viram com preocupação as hostilidades de manifestantes que foram à Avenida Paulista contra políticos da oposição, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP).
Para os petistas, as vaias mostram que o movimento contra o governo da presidente Dilma Rousseff tem como alvo toda a classe política, não apenas o PT, criando um vácuo que pode ser ocupado por aventureiros ou levar à volta do autoritarismo.
Por outro lado, os petistas reconheceram a importância e o tamanho dos atos de ontem e esperam que isso sirva de incentivo para que o governo mude os rumos da política econômica.
“Me preocupou que a oposição que fomentou este ato tenha sido hostilizada em plena Avenida Paulista. Os manifestantes chamaram o governador Alckmin de ladrão de merenda, o Aécio de corrupto e se dirigiram à senadora Marta com palavras de baixo calão, obrigando até a sair debaixo de segurança. Isso me preocupa porque em 1964 os golpistas que apoiaram os militares, esperando que com a deposição do Jango (João Goulart, ex-presidente) pudessem assumir o poder, foram igualmente afastados e depois tivemos 21 anos de uma ditadura sanguinária”, disse o presidente nacional do PT, Rui Falcão.
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