Política

Evangélica, antiaborto e Bolsonarista: conheça a nova vice-presidente da CMS 

Evangélica, a edil tem feito a defesa aberta de uma pauta conservadora. Ela é, por exemplo, autora da Lei 8.880/2015, que cria o Dia Municipal da Conscientização Antiaborto. 

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Eleita primeira vice-presidente da história da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Cátia Rodrigues (UB) coleciona polêmicas no Legislativo baiano. 

Evangélica, a edil tem feito a defesa aberta de uma pauta conservadora. Ela é, por exemplo, autora da Lei 8.880/2015, que cria o Dia Municipal da Conscientização Antiaborto. 

“Estamos falando de uma vida que está sendo gerada. O aborto, além de ser crime, é uma crueldade com quem não pode se defender. Precisamos falar sobre métodos contraceptivos que informem a sociedade para que seja evitada a gravidez indesejada. A proposta da lei não é somente lembrar que estamos falando de um crime, mas também de informar e conscientizar sobre os danos físicos e psicológicos que um aborto provocado traz para as mulheres”, disse Cátia Rodrigues, durante a comemoração de aprovação do projeto. 

Cátia se coloca ainda contra o que ela chama de "pauta abortista". As polêmicas, porém não param por aí. 

É de autoria da vereadora o projeto de lei que coloca como critério o sexo biológico para que homens e mulheres trans participem de competições. Rodrigues defende ser "notório que pessoas de gênero biológico masculino, mas que não se reconhecem assim, teriam vantagens nas disputas esportivas com mulheres, por conta do biotipo corporal". 

“O nosso projeto não quer proibir que as pessoas trans disputem competições, mas sim que elas disputem de acordo com o seu sexo biológico. Não é justo para os demais participantes, que tanto focam em treinamentos, disputarem uma competição onde o seu concorrente tem uma estrutura corporal mais avançada, mas que por se identificar com aquele gênero quer disputar o campeonato. O incentivo ao esporte também passa por justiça”, disse a vereadora.

Apoio a Bolsonaro – A vereadora, em março de 2019, prestou apoio ao então presidente da República, Jair Bolsonaro. A sessão, que tinha a participação de parlamentares de esquerda, teve vaias a protestos. 

Nem mesmos os orixás do Dique do Tororó passaram incólume às polêmicas de Cátia Rodrigues. Em 2015, ela defendeu que uma escultura da bíblia fosse colocada  em meio às esculturas da religião de matriz africana.  "O projeto expressa também que o Brasil é um país laico e que defende a liberdade religiosa a todos os seus cidadãos e considera ainda que a Bíblia seja uma coleção de textos de valor sagrado para o cristianismo", justificou Cátia.