O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu a medalhista olímpica e ex-atleta de vôlei, Ana Moser, para comandar o Ministério do Esporte, que será recriado em seu governo que passa a vigorar a partir de 2023.
Além de fazer parte da equipe de vôlei feminino que ganhou o bronze nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996, Ana teve fora das quadras uma trajetória de dedicação a projetos sociais e de gestão pública na área, tendo uma relação próxima com outros ONG's e empresários.
Ela será responsável por assumir o posto que foi alçado novamente ao status de ministério, após ser rebaixado à secretaria no governo de Jair Bolsonaro (PL).
Desde a sua aposentadoria, em 1999, Ana Moser se dedicou a tocar projetos sociais como o Instituto Esporte e Educação, e mais recentemente assumiu a direção do Atletas pelo Brasil.
Diferente de outros governos do PT, a escolhida não atende a uma indicação partidária. Nos mandatos passados o ministério foi ocupado por quadros do próprio PT, do PCdoB e do PRB (hoje Republicanos).
A expectativa é que Moser tente ampliar o investimento do estado na área, além de focar no treinamento de alto rendimento. A sua atuação política envolve a democratização do esporte, e o vínculo à educação e à saúde.
Em 2005, segundo informações da Folha de S. Paulo, ela cirou em parceria com a Unicef e com o canal ESPN Brasil, a Caravana do Esporte, “movimento de ação e mobilização social pelo direito das crianças ao esporte, ao lazer, à educação e à cultura”.
Além de Ana, também foram cotadas para a pasta a ex-jogadora de basquete Marta e a senadora Leila Barros (PDT-DF), também ex-atleta do vôlei.
“As três têm um perfil que combina a capacidade técnica, a legitimidade esportiva e a sensibilidade social”, afirmou Flávio de Campos, pesquisador do esporte pela USP e também integrante do grupo de transição.