O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sergio Moro, negou que tenha pedido ao atual presidente da República para viabilizar a sua filiação ao PL junto ao líder da sigla, Valdemar Costa Neto.
Uma conversa foi revelada pelo colunista do Globo, Lauro Jardim, mas segundo Moro, o suposto pedido se trata de uma "falsa informação". O ex-juiz, contudo, não cita se de fato se encontrou com Bolsonaro na última quarta-feira (8), conforme noticiado pelo colunista.
Mesmo com a possibilidade de o União Brasil compor o governo Lula, inclusive com a participação em ministérios de grande porte, o ex-ministro que se notabilizou na vida pública como um opositor do PT, jurou fidelidade à legenda.
"O jornalista Lauro Jardim divulgou falsa informação de que eu teria manifestado interesse em me filiar ao PL. Jamais cogitei essa hipótese. Aliás, estive ontem reunido com a liderança do @uniaobrasil44 e reiterei o desejo de colaborar com o futuro da legenda no PR e no Brasil", escreveu Moro em seu perfil no Twitter.
O jornalista Lauro Jardim divulgou falsa informação de que eu teria manifestado interesse em me filiar ao PL. Jamais cogitei essa hipótese. Aliás, estive ontem reunido com a liderança do @uniaobrasil44 e reiterei o desejo de colaborar com o futuro da legenda no PR e no Brasil.
— Sergio Moro (@SF_Moro) December 8, 2022
Moro ficou famoso por sua atuação como juiz na Lava Jato, responsável pela condenação de Lula (PT) às vésperas da eleição de 2018. Em seguida, foi nomeado por Jair Bolsonaro, que tinha Lula como seu principal adversário no pleito, ministro da Justiça.
Mais tarde, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o ex-juiz foi suspeito nos julgamentos contra Lula, após uma série de reportagem do The Intercept Brasil revelar que Moro atuava em conjunto com procuradores da Lava Jato, no episódio conhecido como "Vaza Jato".
Na tentativa de aproveitar o capital político após anos sendo uma das principais lideranças da direita e do antipetismo, Moro decidiu sair candidato a presidente da República em 2018 pelo Podemos.
No entanto, viu a sua candidatura naufragar e recuou para se lançar ao Senado pelo Paraná pelo União Brasil, depois de uma saída conturbada do Podemos com acusações de uso indevido dos recursos partidários.