O comitê eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sido utilizado pelo ex-ministro e general Braga Netto para se reunir com outros militares que defendem o golpe.
Segundo informações do site Metropoles, neste "QG do Golpe" eles discutem estratégias para tentar reverter a derrota nas urnas. Negacionista da pandemia da Covid-19, o deputado federal Osmar Terra foi um dos nomes que compareceram ao local, na última quinta-feira (17).
Perguntado por um jornalista sobre a sua visita, o gaúcho respondeu que foi tratar da auditoria contratada pelo PL para aferir, mais uma vez, a existência de algum indício de fraude eleitoral.
Um relatório das Forças Armadas, feito a pedido do Ministério da Defesa, já confirmou que o levantamento dos votos coincide com o resultado das urnas eletrônicas.
Outros parlamentares como Marcel Van Hattem, do Partido Novo e o Senador Eduardo Girão, do Podemos, também foram ao comitê. O ex-tesoureiro da campanha de Bolsonaro, o coronel da reserva Marcelo Avezedo, frequenta o local.
A casa onde fica a sede é decorada com uma bandeira do Brasil e um homem que dirigia uma camionete Amarok, avaliada em R$ 300 mil e com placa da cidade de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, esteve no endereço, segundo aponta a reportagem.
O fato reforça a tese de que pessoas ligadas ao próprio Bolsonaro estimulam os atos golpistas nas frentes dos quartéis do Exército que reivindicam intervenção militar, e também dos bloqueios das rodovias que impede o direito de ir e vir previsto pela Constituição.