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Presidente da Fifa faz declaração polêmica sobre "gays" e "deficientes"

Em um discurso de 45 minutos, Infantino afirmou que entende como parte das pessoas se sente porque também sofreu preconceito na infância

Reprodução/Twitter
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Na tentativa de minimizar a homofobia no Catar, país que sedia a Copa do Mundo de 2022, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, causou revolta ao fazer uma declaração tentando parecer compreensivo com a causa "gay".

No entanto, acabou listando e comparando "gays", "africano" e "deficiente" para citar minorias sociais. O tema tem sido um tabu nesta Copa do Mundo, já que a homossexualidade é proibida no país muçulmano ultraconservador, sendo especialmente perigoso para a população LGBTQIA+ e mulheres viverem por lá.

Em um discurso de 45 minutos, Infantino afirmou que entende como parte das pessoas se sente porque também sofreu preconceito na infância por ser ruivo e italiano na infância, quando morava na Suiça.

"Eu me sinto qatari, árabe, africano, gay, com deficiência e eu sinto tudo isso. Quando eu vejo essas coisas e o que dizem eu lembro de histórias pessoais. Meus pais trabalharam muito difícil em situações diferentes, não no Qatar, mas na Suíça, e eu me lembro muito bem o que acontecia com os passaportes, com os exames médicos e condições em geral. Quando eu vim para Doha eu entendi que tinham coisas a melhorar e hoje eu posso dizer que o Qatar também evoluiu nisso", declarou o dirigente.

No fim da coletiva, o diretor de relações da Fifa, Bryan Swanson, declarou ser homossexual e reafirmou que a instituição trabalha por iniciativas inclusivas e que tem atenção e respeito à orientação sexual de cada um.