Política

‘Não vamos aprovar os quatro anos’, avisa Coronel sobre PEC fura-teto de Lula

“Sou favorável que retire os programas sociais [do teto], mas pelo ano de 2023, para que o próximo Congresso tenha condições de deliberar. Quando coloca tudo no Congresso atual, você tira as prerrogativas dos futuros congressistas. Para 2023 é plausível. Agora dentro do exercício do ano que vem...e o modelo que apresentaram da PEC está incluído os quatro anos”, asseverou. 

Pedro França/Agência Senado
Pedro França/Agência Senado

Senador da República, Angelo Coronel (PSD) defendeu que o Senado autorize que os efeitos da PEC fura-teto tenham validade apenas para 2023. Membros do governo de transição de Lula (PT), porém, querem validade de quatro anos, além da retirada dos investimentos do Bolsa Família do teto de gastos. O governo de transição calcula a despesa anual do auxílio em R$ 175 bilhões.

“Sou favorável que retire os programas sociais [do teto], mas pelo ano de 2023, para que o próximo Congresso tenha condições de deliberar. Quando coloca tudo no Congresso atual, você tira as prerrogativas dos futuros congressistas. Para 2023 é plausível. Agora dentro do exercício do ano que vem…e o modelo que apresentaram da PEC está incluído os quatro anos”, asseverou. 

Coronel afirmou ainda que os membros do Senado “não vão aprovar quatro anos”. “Vamos votar, mas não dá para fazer um pacotão para o governo todo”, sinalizou. 

Para o parlamentar, o mercado financeiro tem pedido do presidente eleito um “equilíbrio”. “O mercado quer um equilíbrio fiscal. Quando faz projeções e que esses programas podem apresentar desequilíbrio, o mercado reage e é natural nas grandes economias. Os programas sociais são importantes, o mercado sabe, mas tem o equilíbrio fiscal”, disse.

Também senador pela Bahia,  Jaques Wagner comentou as reclamações do mercado financeiro em relação às falas do presidente-eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Para Wagner, é possível fazer uma política fiscal “com equilíbrio”.