Política

Lula elogia coragem de Moraes e diz que relatório das urnas é "humilhante" para Forças Armadas

Ao comentar da estabilidade política necessária para o progresso do Brasil, Lula citou os manifestantes pró-Bolsonaro que permanecem na frente de quartéis questionando o resultado

Reprodução/YouTube
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No seu primeiro discurso no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, para aliados, o presidente eleito Lula (PT) fez elogios ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela condução durante a eleição.

Ao comentar da estabilidade política necessária para o progresso do Brasil, Lula citou os manifestantes pró-Bolsonaro que permanecem na frente de quartéis questionando o resultado das urnas.

Segundo o petista, o relatório solicitado pelo Ministério da Defesa e divulgado pelas Forças Armadas de fiscalização do processo eleitoral, e que não constatou nenhuma irregularidade, foi um episódio "humilhante" para o Exército.

"Ontem aconteceu uma coisa humilhante, deplorável para nossas Forças Armadas. Um presidente que é chefe supremo das Forças Armadas não tinha o direito de envolver elas em comissão para investigar urnas eletrônicas. Coisa que é da sociedade civil, partidos políticos e Congresso Nacional. O resultado foi humilhante", disparou Lula, citando ainda o desaparecimento de Bolsonaro nos últimos dias.

"Não sei se o presidente está doente, mas tem obrigação de vir à televisão pedir desculpas à sociedade brasileira por ter usado as Forças Armadas", completou.

Sobre o encontro ontem com ministros do STF e os presidentes da Câmara e Senado, Lula disse que o seu objetivo com a visita foi avisar que o país vai retomar o diálogo e a "civilidade".

Ele elogiou Alexandre de Moraes pelas ações diante do governo Bolsonaro.

"Foi de muita coragem, dignidade", disse. "E eu visite as instituições para dizer que a partir de agora elas vão ter a paz, vão ser respeitados, porque esse país vai voltar à civilidade", completou.

Lula destacou que mesmo com as diferenças no campo político ideológico, conversou om Lira, e que pretende manter as relações com respeito a partir de 2023, respeitando os parlamentares eleitos pelo povo.

EMOÇÃO

Lula também não conteve as lágrimas ao citar o problema social da fome no Brasil. Ele se comprometeu em priorizar as famílias mais pobres em seu novo governo em combater a fome.

"Se quando eu terminar este mandato, cada brasileiro estiver tomando café, estiver almoçando e estiver jantando, outra vez eu terei cumprido a missão da vida", disse Lula.