Aguardado com expectativa pela base governista, o relatório técnico de fiscalização do sistema de votação realizado pelas Forças Armadas foi enviado pelo Ministério da Defesa nesta quarta-feira (9) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No documento de 63 páginas, os militares deixam claro que os dados colhido nas urnas atestam a derrota de Jair Bolsonaro (PL) para Lula (PT), e que a eleição foi legal, sem citar nenhum indício de fraude.
"Conclui-se que a verificação da correção da contabilização dos votos, por meio da comparação dos Boletins de Urnas (BUs) impressos com dados disponibilizados pelo TSE, ocorreu sem apresentar inconformidade", diz o relatório.
No entato, em determinado trecho, os militares usam termos técnicos para alertarem para o "risco à segurança" em um dos procedimentos de "Compilação, Assinatura Digital e Lacração dos Sistemas Eleitorais".
O especialista Giuseppe Janino, ex-secretário de tecnologia da informação do TSE, explica que esse procedimento é feito com as máquinas offline. Dessa forma, não seria possível haver o "acesso à rede" citado no relatório da Defesa.
Apesar dos bloqueios nas rodovias terem sido interrompidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e perderem força, manifestações na porta de quartéis do Exército ainda acontecem em locais pontuais em todo o país.
Maior parte destes militantes de extrema-direita contestam o resultado das urnas, e o relatório das Forças Armadas seria uma das possíveis bases que dariam sustento às reivindicações de fraude na eleição.
O relatório completo pode ser conferido na íntegra clicando aqui.