A perícia realizada pela Polícia Federal nesta segunda-feira (24) indica que o ex-deputado Roberto Jefferson pode ter premeditado o ataque aos agentes que cumpriam mandado de prisão preventiva em sua casa, no Rio de Janeiro.
Jefferson foi preso no último domingo (23), após xingar a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, enquanto cumpria pena em regime domiciliar. A suspeita é que a cena foi armada após a divulgação do vídeo com ofensas à ministra feita por sua filha, Cristiane Brasil.
A polícia encontrou um tripé para filmagem e também fitas adesivas nas granadas. Foram detectadas 60 marcas de tiros de fuzil, dez a mais do que relatado por Jefferson, que também arremessou três granadas contra os agentes da PF.
Inicialmente, o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a ação do aliado político, mas usou o mesmo tom para apontar possíveis excessos cometidos pelo Judiciário. Com a repercussão negativa do caso, contudo, ele endureceu o discurso e chegou a chamar o petebista de "bandido".