Polícia

Universitários suspeitos de integrarem grupo neonazista são presos em Santa Catarina

Com eles foram encontrados armas, munições, coletes e símbolos nazistas

Divulgação/Polícia Civil
Divulgação/Polícia Civil

Cinco homens suspeitos de participar de um grupo neonazista em Santa Catarina, Florianópolis. As prisões ocorreram na semana passada, mas só foram divulgadas nesta segunda-feira (24).

Com eles foram encontrados armas, munições, coletes e símbolos nazistas. Três dos cinco homens da célula com atuação nas cidades de Joinville, São José, Maravilha e São Miguel do Oeste, eram universitários e estudavam na Universidade Federal de Santa Catarina.

Os jovens de 20 e 21 anos são dos cursos de Engenharia Automotiva, Letras e Direito têm entre 20 e 21 anos de idade. Na casa de um deles foram encontradas munições e referências nazistas. O outro homem preso tem 27 anos e é auxiliar de escritório.

Conteúdos de pedofilia e maus tratos a animais foram encontrados nos celulares apreendidos pelo grupo, que segundo a polícia utilizava símbolos neonazistas pouco difundidos. 

A prisão de um outro estudante de Engenharia de Agricultura da UFSC, de 24 anos, em abril, na cidade de São Miguel do Oeste, abriu caminho para as investigações policiais que levaram ao grupo criminoso. Na ocasião a polícia encontrou em sua residência uma impressora 3D utilizada para criar peças para uma carabina 9mm.

"“Foi a partir dessa prisão que percebemos a atuação de um grupo maior e nos aprofundamos nas investigações”, afirmou o delegado Artur Lopes, da Deic/SC (Diretoria de Investigações Criminais).

os presos devem responder por associação criminosa armada, fabricação de arma de fogo e divulgação do nazismo. Em depoimento, todos negaram as práticas e disseram que as mensagens publicadas nos grupos e fóruns não passam de uma grande “brincadeira”.

“Alguns alegaram tradições germânicas. Outros confessaram interesse pelo revisionismo nazista, mas disseram que não tinham intenção de causar mal a ninguém. Mas os discursos de ódio conta negros e homossexuais era recorrente.” conta, segundo informações do Estadão.

Em nota, a UFSC informou que pediu a polícia informações sobre o suposto envolvimento dos alunos da instituição para tomada de medidas disciplinares e prometeu apurar os casos.

“Ao tempo em que cumprimenta a ação da Polícia Civil na investigação, oferece colaboração para o total desvendamento e punição a este crime. De sua parte, a UFSC solicitará às autoridades informações sobre os estudantes presos, para a adoção das medidas disciplinares cabíveis”, informou a instituição.