Política

Em clima de amizade, policial ri com Roberto Jefferson enquanto negocia rendição; veja vídeo

Ex-deputado alega que quem atirou primeiro foram os agentes que cumpriam mandado de prisão

Reprodução/Twitter
Reprodução/Twitter

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um policial federal conversando com o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), após ele disparar 20 tiros de fuzil e arremessar duas granadas contra agentes que cumpriam mandado de prisão contra ele. 

Em clima de amizade, o policial responde que "os meninos estão bem", sobre os policiais feridos pelo apoiador bolsonarista. Jefferson detalha como reagiu à tentativa de prisão.

Ele estava cumprindo pena em prisão domiciliar, mas ao xingar e proferir ataques à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), teve a pena convertida em prisão preventiva.

"Eu falei: 'vocês não têm como me levar. Vocês não estão armados'. Todo mundo sem colete. Todo mundo de peito nu", conta o petebista. A conversa é acompanhada o tempo todo pelo Padre Kelmon, que substituiu Jefferson como candidato à presidência pelo PTB.

Logo que aconteceu o atentado, Bolsonaro tentou se descolar de Jefferson e repudiou a atitude, mas fez ressalvas sobre a suposta irregularidade do inquérito. O presidente chegou a mentir dizendo que não tinha fotos ao lado do ex-deputado.

Aos risos, o policial diz que os agentes que foram feridos são "burocráticos" e sugere que não têm experiência em campo. "Não são operacionais", diz.

Jefferson responde que quem atirou primeiro foi um policial federal "magrinho", que esteve em sua mira em outro momento, mas optou por não disparar contra ele.

"Ele que atirou em mim primeiro", afirma. "Ele três vezes ficou enquadrado no meu red dot [função que auxilia o atirador na hora do disparo]. E eu falei, 'não atira nele, Roberto Jefferson'. Eu não atirei. Quando eles correram para atrás da viatura, aí eu joguei a granada na frente", relembra.