Eleições

Aliados da campanha de Lula debatem estratégia na reta final

André Janones, Carlos Lupi e Simone Tebet foram alguns dos que participaram da reunião

Reprodução/YouTube
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Políticos e lideranças que aderiram à campanha de Lula (PT) à presidência da República se reuniram com o ex-presidente em encontro virtual nesta terça-feira (17), para discutir a estratégia nas redes sociais na reta final da campanha.

O deputado federal André Janones (Avante), bastante popular na internet, ressaltou a importância de "personalizar as publicações" para que aquele segmento que normalmente te segue, recebe ainda mais conteúdos com a mesma temática, e que é mais importante para outros mais resistentes em votar em Lula, vejam pessoas diferentes compartilhando as peças.

Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi ressaltou que a má gestão de Bolsonaro na pandemia de Covid-19 deve ser explorada pela campanha do PT e ser amplificada nas redes sociais. Otimista, projetou uma vitória de Lula por até 10 milhões de votos a frente do atual presidente.

Apesar da presença de Lupi, o candidato derrotado da sigla, Ciro Gomes, segue sumido da campanha no segundo turno.

Em seguida, foi a vez do discurso da senadora Simone Tebet (MDB), que reconheceu ter pouca habilidade para conduzir a estratégia nas redes, mas alertou para temas que são importantes abordar para criticar Bolsonaro. 

A emedebista concluiu que muitos eleitores indecisos ainda estão sob influência de notícias falsas que propagam um "medo" da eleição de Lula, e que a sugestão para que o partido apostasse mais na cor branca ao invés da vermelha, é para tentar conquistar novos eleitores.

Titular da CPI da Covid, Tebet se colocou à disposição para ajudar disponibilizando informações e documentos como a "nota fria" da compra de US$ 45 milhões da Covaxin, vacina indiana não aprovada pela Anvisa, e outros escândalos do governo Bolsonaro.

"Tão importante quanto combater conteúdo que gera medo ao voto em Lula e no 13, é gerar conteúdo que mostre o governo desumano e desonesto de Bolsonaro […] tenho todas as informações que descobri, como nota fria da Cocaxin […] são documentos simples de serem colocados nas redes", disse Tebet.

PASSAR A MENSAGEM

Ao fim da reunião, Lula tomou a palavra e disse duvidar da competência de Bolsonaro em governar o país. Ele citou o vídeo em que o presidente diz que "pintou um clima" com adolescentes venezuelanas e pediu que a campanha saia da condição de alvo e consiga rebater apresentando as propostas para o futuro do Brasil.

"É preciso que em cada crítica a gente coloque uma proposta para que o povo saiba o que vamos fazer em nossas eleições. Não podemos ficar como alvos, só tentando rebater as críticas, é necessário dizer o que vamos fazer, as coisas importantes para o Brasil e que é extremamente necessário. Espero que a gente consiga organizar forças democráticas para enfrentar o negacionismo, a barbárie e o fascismo", declarou o ex-presidente.