A eleição na Bahia ainda não chegou ao fim. Alguns nomes, no entanto, despontam como grandes vencedores do resultado apresentado nas urnas neste domingo (2), seja pelas próprias votações ou pela concretização dos seus planos individuais.
O primeiro deles talvez seja o presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Júnior (MDB). O "líder" terminou o primeiro turno na liderança, junto de Jerônimo Rodrigues (PT) — quando a maioria absoluta das pesquisas apontavam o contrário.
Além disso, conseguiu a eleição de seu filho, Matheus de Geraldo Júnior (MDB), para a Assembleia Legislativa da Bahia. A eleição do pupilo começou a ser desenhada aos 45 minutos do segundo tempo, quando Geraldo foi alçado ao posto de vice na chapa petista. A eleição, portanto, não era fácil. O quadro final foi de 60 mil votos na Bahia e 21 mil somente na capital baiana.
Outro nome da política baiana que sai fortalecido das urnas é do deputado federal e ex-candidato ao governo, João Roma (PL). Coube ao neobolsonarista a missão de "embolar o baba" na eleição estadual. Com seus quase 10% dos votos, Roma empurrou a disputa para o segundo turno, captando votos que fariam a diferença na campanha de ACM Neto (UB), seu ex-padrinho político e atual adversário.
Não bastasse isso, Roma conseguiu ainda a eleição de sua mulher, Roberta Roma (PL), para a Câmara dos Deputados, e do seu chefe de gabinete, Vitor Azevedo, para a AL-BA.
Reeleito senador da Bahia aos 75 anos, Otto Alencar foi outro político que saiu ainda maior das urnas. Não apenas pelo expressivo resultado individual, mas também pelo legado positivo deixado por seu partido, o PSD, com seus correligionários. A agremiação emplacou os mais votados na AL-BA – Ivana Bastos com 118 mil votos – e na Câmara dos Deputados – Otto Filho, com 200 mil sufrágios.
Além disso, Otto viu a reeleição de seu irmão, Eduardo Alencar, para o Legislativo baiano. Algo dado como incerto por muitos observadores da política.
Considerado por muitos como um dos deputados federais com mais trânsito em Brasília, Elmar Nascimento é outro nome que sair fortalecido das urnas. Além da reeleição, com 175 mil votos – a 2ª maior margem no Estado -, o congressista conseguiu eleger aliados para a AL-BA.