Durante a campanha eleitoral, o deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos), passou de aliado político do governo Rui Costa (PT) a adversário e um dos braços-direitos do grupo de ACM Neto (UB). Ele se queixava há meses da relação estremecida com o governador e fez o movimento contando em ser o escolhido por Neto para ocupar a vice em sua chapa.
Mesmo bem cotado, Nilo ficou de fora da vice, que ficou com a empresária Ana Coelho. Sem chances de disputar o Senado pois Cacá Leão (PP) já era o candidato na chapa acomodando os interesses do PP, que também rompeu com o PT, o ex-presidente da Alba ficou sem tantas opções e partiu para a reeleição. Para minimizar o dano, ACM Neto chegou a declarar publicamente o seu voto no novo aliado, mas não adiantou e ele ficou de fora da Câmara Federal este ano.
Em entrevista coletiva neste domingo (2), no pronunciamento oficial depois do resultado da eleição, o governador Rui Costa (PT) disfarçou e evitou comentar individualmente a derrota de Nilo ou de qualquer outro adversário político.
No entanto, ressaltou que o que aconteceu nas urnas foi reflexo também do comportamento do povo baiano, que não compactua com aqueles que agem sem "lealdade".
"Não quero comentar derrota nem vitória de nenhum candidato", contemporizou Rui, que àquela altura disse não ter parado para conferir todos os deputados eleitos.
"Mas a eleição acho que deixou um ensinamento: o povo gosta de lealdade. Isso é nítido. Todos os prefeitos que nos deixaram, perderam a eleição em seus municípios. O povo não gosta disso, nem na política, nem na vida", complementou.
